Porque escrevo neste blog

Quando ouvi pela primeira vez a palavra poesia achei bonito e quis saber o que era. Soava-me agradável o título de poeta. Posso dizer que em mim a vaidade veio antes da vontade.

Queria ser poeta antes mesmo de saber do que se tratava. Não tinha a menor ideia sobre o que escrever, mas sentia que precisava escrever. Algo dentro de mim, que nunca soube realmente o que era, levava-me a crer que era necessário escrever sobre tudo que eu vivia, sentia e pensava, ainda que sem propósito.

Até hoje não sei ao certo com qual propósito escrevo. Escrevo.

Sempre senti, sem saber porque sentia, que havia algo de importante para se transmitir, e que, por alguma razão, que também desconheço, competia a mim faze-lo. E por um bom tempo considerei que isso fosse o que acredito ser vocação, um chamado. Talvez seja.

Quando se faz o que não gosta, a vida vira rotina; quando a vida vira rotina, não temos mais olhos para a novidade; a rotina tapa nossos olhos para as coisas novas e nos torna alienados, fechados em nosso mundo, envolvidos e submersos pela rotina sufocante da obrigação.

Quando há vocação não existe rotina, porque a vocação estimula a curiosidade, à pesquisa, a querer descobrir a cada dia o ainda não descoberto; a vocação nos move ao aprendizado natural das coisas que nascemos para conhecer.

Evoluímos progressivamente quando fazemos aquilo que nascemos para fazer. Esse é o processo natural das coisas. E assim tem sido. E por isso escrevo neste blog.

Breno Andrade R
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