O pó das estradas

Minhas lembranças
trazem consigo
meus sonhos e o sono
dos meus dias de descanso.

Há uma canção em meus lábios,
cuja rima não se repete,
mas diz sempre as mesmas coisas.

As manhãs de inverno são feitas
para a gente tomar café quente;
os dias de Sol, para nadar.

Minha lucidez me comove,
como o som de uma valsa
elaborada em silêncio.

Trago, no pensamento,
um baú cheio de coisas abstratas.

E onde quer que eu vá
levo comigo meu baú,
cheio de abstrações.

Trago no coração,
cheio de tudo o que acredito,
o pó de das estradas por onde andei.

Mas sempre haverá espaço
em meu coração para guardar
outras histórias
e o pó de muitas estradas.

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