Fragmento - 4/02/2013

Mais uma vez me sento nesta cadeira
para escrever minha prece, minha oração.
Elevo meu pensamento a Deus, meu Eu supremo,
para agradecer e para pedir auxilio em minha caminha.

Peço a Deus que me transforme;
do Chumbo faça o Ouro.

Meu desejo de transgredir a lei
é maior do que o meu desejo de cumpri-la.

Tenho tudo. Mas nada possuo.

Às vezes
sinto-me como o filho pródigo:
Quero voltar para casa, meu lar celeste.
Sinto que preciso voltar... mas não volto.
Nem avanço em meu caminho,
porque sei que seguir adiante é inútil.

Insisto em ficar parado,
observando a estrada,
olhando para a direita e para a esquerda.
Estou sem rumo mas consciente
do meu caminho de regresso.

Sinto-me como um viajante que,
depois de percorrer toda a terra
em busca de um grande tesouro,
não o encontrando, senta-se para avaliar
todo o percurso feito e não encontra motivos
para persistir em sua busca. Entretanto,
não consegue mais voltar ao ponto de onde partiu.

A busca, agora, já não é pelo que ele precisa
encontrar do lado de fora.
Mas pelo que ele precisa encontrar
dentro de si mesmo.

E é por este tesouro que busco;
este Diamante interior,
lapidado pela minha consciência suprema,
que tudo sabe, tudo vê e conhece
todos os caminhos da minha alma.

É pela jóia dentro de mim que procuro
e esta é a razão da minha longa viagem.


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