Fragmento - 03/02/2013

A noite chega e traz consigo
o silêncio das multidões.
E sob o silêncio da noite
são fabricados planos secretos,
segredos ocultos
e muitas outras conspirações.

Sinto este silêncio dentro de mim.
E como tudo que está dentro tem que se externar,
vejo meu silêncio tomar forma fora de mim
e alcançar todos os cômodos da casa,
de modo que não há ruido que não possa ser percebido,
por menor que seja.

Neste estado de silêncio invoco Deus,
dentro e fora de mim.
Peço a Deus que silencie todas as vozes da minha razão
para que eu saiba ouvir a voz da minha alma.

Minha alma ressoa as vozes
de muitas almas do universo.
E em meio a tantas vozes,
ouço gritos e súplicas,
pedidos de socorro...

Mas do lado de fora
tudo é silêncio e sombras,
por onde a noite avança,
silenciosa e lentamente.


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